31 de mai. de 2011

daily report

Just waiting for the day to end. Today has been a confusion-free day up till now. Still got three more groups to entertain and then just head 'home' to spend time with the chosen one. That´s pretty much my busiest day routine: entertain others for 7 hours, sometimes teach these spectators, sometimes laugh a lot on the inside, be late for everything, and that´s how i get my daily adrenaline rushes. I´m getting used to it, weirdly. It has been almost 18 months and i´ve been still considering this as my way to get by. I´m afraid of stuff sometimes, such as not having enough patience, but i think i´ve been handling it well. Stay tuned for more. Let´s pray for more improvement and happiness.

27 de mai. de 2011

valeu, tio



Esses dias dei uma moeda de um real para um desses moleques que pedem dinheiro no sinal. O moleque não esperava que a moeda fosse de valor tão grande acho, e largou um sorriso animal. Eu, sempre que tenho moedas comigo, as repasso para esses moleques. Nesse dia ainda estava comendo um lanche, e tinha uma bolacha fechada no banco de trás. Devia ter dado tudo pro menino, mas na hora não pensei, infelizmente.

Logo que pegou a moeda, ele voltou pro banco, numa importante avenida da parte mais pobre da zona leste de São Paulo. Nem pediu mais moedas pra ninguém, e eu não sei porque. Desconfio que seja porque um real deve ser o que ele consegue cada vez que o sinal fecha, no máximo. O moleque nem tava tao mal cuidado; era um dia um pouco frio e ele tinha uma blusa aparentemente quente e estava de tenis.

Quando o farol abriu, passei com o carro na frente dele, que me esperava passar, acho. Ele soltou um 'valeu, tio' que me deu uma enorme felicidade por dentro. Foi nesse momento que lembrei da bolacha no banco de trás, e de quanto um real vale pouco pra mim e muito pra ele.

19 de mai. de 2011

Como nos iludimos na vida. Já pensei que ganharia dinheiro tendo blogues. Parecia fácil apenas escrever textos e postá-los, para assim ganhar uma grana. Mas no final vi que nao era bem assim. Nem escrever para blogues e nem ganhar dinheiro com isso. Daí voltamos pro caminho mais fácil.

Pode ser que meus blogues e meus textos nem fossem interessantes, como esse não parece ser. Temos a tendência de sempre jogar a culpa em alguém, e isso eu admito que as vezes faço. Talvez (e muito provavelmente) eu nao tenha talento, e tenho que conviver com isso. As vezes ser uma pessoa com varios talentos é ser uma pessoa sem nenhum real talento. Daí você acaba meio que sem lugar no onibus. Mas a maioria também nao tem lugar no onibus, porque o onibus que pegamos todos os dias nao tem espaço para todos.

Queria ter o que escrever todos os dias aqui. Mas não tenho essa capacidade. Esse não foi um texto depressivo. Pode ter sido melancólico, mas não depressivo. Foi apenas uma constatação. Odeio soar como um pensador, ou superior aos outros. Esse também não foi um texto egocentrico, a proposito.

12 de mai. de 2011

uma história de amor



Assisti ontem a um filme do michael moore sobre o colapso financeiro norte-americano. Todo mundo fala que esse cara é chato e tal, mas queria saber de outra pessoa que pise tanto no calo de quem merece quanto ele. Pode ser que tudo que ele faz seja combinado com quem manda, já que não é barato fazer filmes e sempre é necessário dinheiro, mas eu não acredito nisso.

O ponto básico do filme é mostrar a quem é capaz de entender que o sistema em que o mundo vive hoje privilegia os ricos e deixa os não-ricos de lado. Junto com frases como 'para cada bilionário existem 25 mil pobres', são contadas histórias sobre trabalhadores que perdem suas casas para grandes bancos, que por sua vez, por qualquer motivo, são salvos pelo governo quando entram em falência, ao contrário do trabalhador que perdeu sua casa, com a justificativa de 'manterem o emprego das pessoas'. Tá. Então porque milhões são demitidos todo ano?

O capitalismo é o sistema mais desigual que existe, ao contrário do que dizia bush, o ex-presidente americano. O problema é que ele tem um poder (que só pode ter sido dado à ele por algo sobrenatural) de se manter santo (mesmo privilegiando 1% da população apenas) e de sempre conquistar novos adeptos, que são doutrinados desde os tempos de escola. Estaria eu errado ou seu filho/neto/primo/irmão/amigo adolescente só quer saber do tênis da moda e nem sabe qual a função de um senador (nao que eles tenham função, mas né...) ?

Não há perspectivas de melhora. Trabalhamos cada vez mais (a produtividade individual cresce a cada segundo), ganhamos cada vez menos (justo né?) e pagamos cada vez mais caro por coisas que nem deveriamos ter que pagar (plano de saude: baraaaaato!). E é assim que vivemos, sem reclamar.

4 de mai. de 2011

elephant gun

metrô (livre) leve (e solto)



Metrô leve? Isso mesmo. Vi em um desses panfletos capitalistas, distribuidos por quem deve receber cerca de 10 reais por dia para entregá-los, que a continuação da linha verde do metrô, a partir da estação Vila Prudente ou Oratorio (não estava muito claro no panfleto), deverá fazer uso do metrô leve, que nada mais é do que trens compostos com tração elétrica sobre pneus, em uma viga central, no eixo das avenidas, elevada entre 10 e 15 metros de altura. Esse esquema não interfere no sistema viário, além de não poluir o ar e ter baixo nível de ruído.

O problema é que a atual linha verde já funciona no esquema 'velho' do metrô, ou seja, com os trens que estamos acostumados a ver. Para o sistema 'velho' do metrô 'conversar' com o esquema de metrô leve, na mesma linha, serão necessários óbvios ajustes, a não ser que se tenha dois tipos diferentes de transporte NA MESMA LINHA, e se tenha que fazer baldiação NA MESMA LINHA. A parte boa é que essa linha terá quase 25 km de extensão e irá até a cidade tiradentes, atendendo muita gente e de certa forma desafogando a linha vermelha.