11 de set. de 2009

Será?

As tentações do mundo nos atingem por todos os lados. Um dos maiores vícios que carregamos é o do consumo. Uns em maior escala, e outros em menor escala. No meu caso, as tentações tecnológicas são as que mais incomodam. Ainda não aprendi a resisitir à vontades (isso mesmo; na maioria dos casos, tudo fica apenas na vontade) de possuir qualquer coisa da Apple, por exemplo. É mais forte que eu. Um ipod, um iphone, um macbook.

Por mais que nossas ideologias sejam contra isso, será que um dia conseguiremos viver totalmente livre da ânsia do consumo? Pergunto isso porque nunca vi ninguém que viva sem contemplar algo, por mais simples que seja. Uma dona de casa de olho em um fogão bonito (igual o da moça da novela), um adolescente desejando um video game novo, um jovem rapaz vidrado em um carro melhor do que o seu atual, ou melhor que sua bicicleta atual, um senhor querendo um ar condicionado de última geração para esfriar um pouco as quentíssimas tardes de verão (não só de verão, em nosso caso).

Penso que posso viver consumindo o minimo possível. Quando não trabalho isso é a coisa mais fácil de se fazer (mas tenho uma condição de vida de certa forma confortável, que me permite tal "luxo"). Já quando trabalhava fora, em um emprego " comum", a coisa em que eu mais pensava era em comprar aquele tênis que vi na vitrine do shopping sábado passado. Parece que quando a mente está ocupada com trabalho, você é meio que programado para usar o outro lado do seu cérebro somente com consumo. É a única explicação aceitável, por mais que seja inspirada e motivada por teorias de conspiração. Ou eu ainda não aprendi a balancear a vida, pesando o trabalho e o consumo. Acredito que não. Não sou tão burro assim também.

Será que em casos parecidos com o meu a hipocrisia virou clichê? Ou o clichê virou hipocrisia?

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