17 de ago. de 2009

A ameaça indiana



Are baba! A nova (nem tão nova assim) sensação automobilística internacional, o indiano Tata Nano, já é comercializado em todo o mundo. O compacto carro custa US$ 2.500,00 e veio para abocanhar a pizza toda do mercado de carros populares.

O motor do Nano, como não poderia deixar de ser, não é aquela maravilha toda. Apesar de ser bem econômico (faz 21 km/litro na gasolina), ele é ainda mais fraco que os populares do mercado nacional, pois tem menos de 1000 cilindradas. Numa subida e com a capacidade máxima de passageiros (4), a briga deve ser dura para fazê-lo subir. De acordo com algumas notícias veiculadas recentemente, o Nano não sai de fábrica e não tem como opcionais rádio (nada que a gente não consiga adaptar), direção hidráulica e ar-condicionado. É carro popular mesmo, literalmente.

No cenário brasileiro, o carrinho deverá sofrer para conseguir ao menos entrar no mercado. Com seu preço sensacionalmente atrativo e não devendo muito a nenhum de nossos populares, deverá incomodar muito o G4 de montadoras do país. Mesmo se for dado ao Nano um imposto de importação de 100%, seu preço não deverá ultrapassar os R$ 10.000,00, com o câmbio relativamente estável que encontramos atualmente. Os carros populares nacionais mais baratos estão na faixa dos R$ 23.000,00.

"E agora, o que faremos?" Lula pergunta aos seus companheiros. "Deixamos esse carrinho entrar no país e batemos de frente com nossos maiores empregadores, ou deixamos o povo continuar com esses bagulhos que chamam de carros e bloqueamos a entrada do Nano?"

Está nas suas mãos, senhor presidente.

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