Sempre me senti atraído pelo edifício Copan, no centro de São Paulo. Na verdade, tudo que eu acho bonito me atraí, obviamente, especialmente quando se trata de arquitetura e design. Os prédios velhos no centro e também fora dele me chamam a atenção de uma maneira avassaladora, especialmente os do bairro de higienópolis. Um exemplo é esse, "reconhecível" apenas por suas janelas.
Voltando ao assunto do título, o Copan. Na primeira vez que vi o prédio era uma criança, e seu tamanho deve ter sido a primeira coisa que notei. Com o passar do tempo, fiquei cada vez mais curioso sobre esse edifício, e sempre procurei informações sobre ele. Apesar de não ter passado do andar terreo na única vez que fui lá, tive o gostinho de vê-lo de perto.
Amigos me disseram que o Copan está na moda, muito por essa nova onda de jovens "intelectuais" que migram cada vez mais para o centro de São Paulo, e assim o aluguel está em um patamar abusivo. Imagina então o aluguel de uma garagem lá: mais de cinco mil moradores devem disputar no braço as duzentas e vinte uma (isso mesmo) vagas.
O Copan é um dos maiores, se não o maior, e mais populosos edificios residenciais do mundo. Tem cerca de 140 metros de altura e 1160 apartamentos, divididos em 6 blocos. No terreo, funcionam 70 lojas, entre elas restaurantes, video-locadoras, despachantes e até uma igreja, onde ficava o cinema. Isso mesmo, cinema. E não aqueles cineminhas com plasmas de 42` e sofás de couro rasgados no terreo das torres para os novos-ricos do tatuapé.
O único ponto fraco do Copan é o número de pessoas que moram lá. Imagina se um cara dorme enquanto fuma e o cigarro cai de seus dedos. Após alguns segundos, o mesmo atinge a cortina, e o incêndio começa. Não há plano de evacuação de emergência que salve mais de cinco mil pessoas antes de metade do prédio virar cinza. Isso mesmo, desconfio de tudo e todos.
Eu moraria no Copan. Principalmente se fosse até no 6º andar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário