13 de ago. de 2009

Eu moraria no Copan


Sempre me senti atraído pelo edifício Copan, no centro de São Paulo. Na verdade, tudo que eu acho bonito me atraí, obviamente, especialmente quando se trata de arquitetura e design. Os prédios velhos no centro e também fora dele me chamam a atenção de uma maneira avassaladora, especialmente os do bairro de higienópolis. Um exemplo é esse, "reconhecível" apenas por suas janelas.

Voltando ao assunto do título, o Copan. Na primeira vez que vi o prédio era uma criança, e seu tamanho deve ter sido a primeira coisa que notei. Com o passar do tempo, fiquei cada vez mais curioso sobre esse edifício, e sempre procurei informações sobre ele. Apesar de não ter passado do andar terreo na única vez que fui lá, tive o gostinho de vê-lo de perto.

Amigos me disseram que o Copan está na moda, muito por essa nova onda de jovens "intelectuais" que migram cada vez mais para o centro de São Paulo, e assim o aluguel está em um patamar abusivo. Imagina então o aluguel de uma garagem lá: mais de cinco mil moradores devem disputar no braço as duzentas e vinte uma (isso mesmo) vagas.

O Copan é um dos maiores, se não o maior, e mais populosos edificios residenciais do mundo. Tem cerca de 140 metros de altura e 1160 apartamentos, divididos em 6 blocos. No terreo, funcionam 70 lojas, entre elas restaurantes, video-locadoras, despachantes e até uma igreja, onde ficava o cinema. Isso mesmo, cinema. E não aqueles cineminhas com plasmas de 42` e sofás de couro rasgados no terreo das torres para os novos-ricos do tatuapé.

O único ponto fraco do Copan é o número de pessoas que moram lá. Imagina se um cara dorme enquanto fuma e o cigarro cai de seus dedos. Após alguns segundos, o mesmo atinge a cortina, e o incêndio começa. Não há plano de evacuação de emergência que salve mais de cinco mil pessoas antes de metade do prédio virar cinza. Isso mesmo, desconfio de tudo e todos.

Eu moraria no Copan. Principalmente se fosse até no 6º andar.


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