26 de out. de 2009

Nego Ghilbert, tem que respeitar!



Dias atrás, em uma conversa entre amigos, fui supreendido por um vídeo de um rapper porto-alegrense. A música se chama "bah tchê porto alegre", e "fala" sobre o cotidiano do autor na sua capital do sul do Brasil. Claro que, por ser um vídeo amador, contém partes mal editadas e até de mau gosto, mas o que surpreende mais é a total submissão ao estilo "yankee-gangsta-pop" do músico.

Vestindo roupas que beiram (estou pegando leve hoje) o bizarro, Nego Ghilbert e seu comparsa destilam versos com rimas "engraçadas" que sempre embalam uma dancinha esperta, que ilustra de maneira perfeita a situação. É o rap força, como diriam jocosamente amigos gaúchos. O amadorismo, que em certos casos até agrega valor à algumas coisas, destrói sem piedade todas as chances da empreitada dar certo.

O pior de tudo é que a música gruda na sua cabeça, ao melhor estilo Britney Spears. O primeiro verso, "ando pelas ruas da cidade / pedalando minha bike" é memorável. Acredite: ele não sairá dos seus pensamentos rapidamente. Volta e meia me pego cantando mentalmente a letra, e saboreando a técnica vocal de Nego Ghilbert lá pelo minuto e quarenta do vídeo, em seu vibreto desafinado e emblemático: "eu fico só filmaaaandoooooóó".

Enfim, é uma epopéia do rap nacional. Imperdível. Mano Brown deve estar se perguntando a razão por não ter feito algo assim antes. Os quase vinte mil acessos no YouTube comprovam a minha admiração.



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