26 de dez. de 2009

vida loka na PG


Não sei por que, mas quando fico aqui na Praia Grande, a história é sempre a mesma. Muito calor (o sol muitas vezes ausente, infelizmente; o mormaço que deixa tudo insuportavelmente abafado), ventiladores barulhentos e ineficazes, que só me deixam com o nariz escorrendo e a garganta querendo foder com tudo, e uma incrível apatia, preguiça e principalmente, falta de apetite. Até a picanha assada há pouco teve que ser empurrada guela abaixo. Agora eu entendo como se vende tanta cerveja na praia. Para agüentar tudo isso combinado com toda a população da capital alojada no litoral, só bebendo demais. Saboreio uma garrafinha de Itaipava neste momento, que é o ápice do meu dia, à 1:15 de sábado, vinte e seis de dezembro de 2009.

Logo que chegamos perto do mar, ontem pela manhã, vimos uma bandeira vermelha, dizendo que o mar, naquela “faixa”, estava impróprio para banho. E, para a minha surpresa, há uns 10 metros dali o mar já estava próprio para banho.Como será que a sujeira fica ali, naquela “faixa” quietinha, deixando só aquela parte imprópria? Será que o mar tem raias agora? São perguntas que jamais serão respondidas.

Estranho que, ao sair a noite para ir ao mercado comprar um sorvete, vejo que o passatempo do paulista no litoral é o mesmo que em qualquer parte do mundo. A “feirinha” de artesanato, paraíso de compras para pessoas de diversas idades, estava lotada, abarrotada. Significa que saímos de nossas refrescantes casas na capital para pegar um trânsito na estrada, agüentar um mormaço filho da mãe, alugar uma casa no litoral por um preço exorbitante, sofrer com tudo mais mencionado anteriormente no primeiro parágrafo, para simplesmente ir à feirinha de artesanato de noite, lotada. Esse é o nosso ideal de descanso e lazer.

Um comentário:

  1. É assim mesmo. Fora o trânsito. 7 horinhas pra descer pra praia é fugir ou acompanhar a loucura de SP?

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